Reflexões sobre o Dakṣināmūrti Stotram

Reflexões sobre o Dakṣināmūrti Stotram

Entre os stotrams compostos por Adi Shankaracarya, Sri Daksinamurti Stotram é um dos menores e ainda o mais rico. Com grande maestria, Shankara debate os argumentos daqueles que se sustentam numa visão dual do universo e estabelece a sua visão não dual. Iniciando com uma visão plural da nossa percepção em relação ao mundo, o stotram revela que esta visão está sustentada por uma realidade, livre de limitações. E esta verdade deve ser revelada com a ajuda de um professor adequado.

Compreendendo Ānandamayakośa

Compreendendo Ānandamayakośa

O Tattvabodhaḥ de Śri Śaṅkarācārya é uma obra interessante para aqueles que desejam aprofundar seus estudos. O texto é bem simples, na forma de um diálogo entre um professor e seu discípulo que busca o entendimento sobre si próprio. O grande ganho que temos ao estudá-lo é a familiarização que passamos a ter com palavras carregadas de significados que serão posteriormente vistas em praticamente todas as Upaniṣads.

Eu amo o meu ego

Eu amo o meu ego

Eu amo meu ego. Esta frase pode soar bem estranha quando a dizemos no meio do Yoga, já que alguns praticantes parecem ter um preconceito muito forte em relação a ele. A verdade é que é graças ao ego que estou aqui. Foi através dele que fiz minhas escolhas ao longo da vida. Foi através dele que criei minha identidade enquanto indivíduo e é através dele que posso ser quem sou na sociedade. Portanto, preciso compreender (e gostar!) do meu ego.

Invertendo sobre a cabeça?

Invertendo sobre a cabeça?

O bom senso diz que a estrutura cervical não é naturalmente desenvolvida para suportar pesos maiores que o do crânio.Mas existe muito disse me disse no meio do yoga, e, de fato, poucos são os que realmente buscam, a fundo, informações científicas sobre o assunto.

Para compreender o prāṇāyāma

Para compreender o prāṇāyāma

Introdução Prāṇa é o termo que o yogi usa para se relacionar com a sua própria respiração e também com toda a energia que sustenta o universo. Prāṇa é a energia que permite que o corpo e a mente funcionem. Exercícios respiratórios são formas excelentes para a o...

Vidura e uma aula sobre o Dharma

Vidura e uma aula sobre o Dharma

Quando Sanjaya retornou de Upaplavya foi diretamente ao encontro do rei Dhritarashtra e se anunciou. O rei o saudou com bastante entusiasmo. Sanjaya disse: “Yudhishthira se prostra diante de ti e pergunta pelo seu bem e dos seus filhos e amigos. Seus irmãos e Kṛṣṇa...

Yogasūtras à luz de Vedānta

Yogasūtras à luz de Vedānta

Introdução Para muitos praticantes, o Yogasūtra obra seminal de Patañjali, é visto como um dos textos mais importantes dentro desta tradição. Porém, a bem da verdade, devemos lembrar que este tratado não contém ideias originais: suas bases estão firmemente fincadas na...

Será que ele é iluminado?

Será que ele é iluminado?

Um dia destes, uma pessoa me perguntou sobre o nosso mestre: “Será que ele é iluminado?”. A pergunta é bastante subjetiva, e revela a maneira em que muita gente olha para os mestres. Não há um teste que possa ser aplicado para determinar se alguém é iluminado ou não....

Yoga e performance

Yoga e performance

Este artigo foi inspirado em algo que ouvi de um outro praticante de Yoga, que me criticou, ao comparar os riscos de lesão que posso ter na prática do triathlon, para poder justificar as lesões que aquele praticante tinha na sua rotina de āsanas. Muitos praticantes e...

Sobre o medo

Sobre o medo

O medo, assim como qualquer emoção é necessário. O medo é uma ferramenta de autoproteção. Se alguém levanta o braço para você, automaticamente você se defende. O que acontece é que muitas vezes dizemos que não temos medo de coisa alguma. E ali, aquele medo vai nos...

em breve

Meditações para uma vida plena

Bruno Jones 

Esse projeto começou, totalmente sem querer, no ano de 2017.

Algumas alunas me questionavam sobre uma forma de continuarem praticando, quando viajavam, ou, saíam de férias.

Tive a idéia de comprar um microfone que podia se acoplar ao meu telefone celular e, desde então, comecei a gravar as aulas regulares que dava em studios e academias nas quais trabalhava.

Então, gravava as aulas e as disponibilizava em uma plataforma digital, que qualquer pessoa poderia acessar, gratuitamente, de qualquer parte do mundo.

Em menos de um ano, já havia gravado mais de 170 aulas e, mais e mais pessoas acessavam; criando, assim, um grupo maior de praticantes do que as minhas alunas regulares.

Em 2020, com a pandemia, cheguei da Índia quase com o fechamento dos aeroportos.

Vendo que muitas pessoas estavam necessitadas de algum tipo de apoio para ultrapassar esta etapa, resolvi, no dia seguinte ao meu retorno, dividir a minha prática diária de yoga, também via vídeo, ao vivo, todos os dias.

Peguei essas primeiras aulas já gravadas e as transformei em vídeos. Em seguida, continuei com o projeto, chegando a 300 aulas grátis, gravadas e disponíveis, até hoje no YouTube.

Com essas aulas, alcancei um público maior ainda. Havia dias em que a aula tinha mais de 100 vizualizações, em pouquíssimo tempo.

As pessoas acordavam às 5 da manhã para praticar comigo. Foi uma experiência maravilhosa.

Aos poucos, tive que deixar as aulas um pouco de lado, por causa do nascimento da minha filha. Acordar tão cedo não era mais uma tarefa tão simples. Mesmo assim, mais algumas aulas foram gravadas.

Foi então, que uma dessas pessoas que conheci através das aulas online, me disse que estava transcrevendo algumas aulas, pois a ajudava a estudar com mais profundidade a mensagem que transmitia a cada aula. Assim, nasceu esse projeto; esse livro.

No processo de transcrição, também pude adicionar mais algumas palavras e frases àquilo que estava gravado nos vídeos, pois à medida em que sigo estudando, vou vendo as coisas de forma mais clara e objetiva; mais maduro, como vocês verão, repetidas vezes, essas palavras por aqui.

O livro não segue uma ordem para ser lido. É mais um livro de cabeceira, o qual você pode abrir e escolher um tema específico para meditar naquele dia.

A meditação deve ser algo leve. Deve ser algo “saboroso”.

Tem que deixar aquele gostinho de “quero mais”. Por isso, sugiro que você não devore as meditações; o que pode ser algo maçante e repetitivo.

Saboreie cada uma delas com calma; de maneira que a sua essência possa ser, realmente, absorvida.

Espero que essas meditações e reflexões possam trazer luz para o cotidiano; assim como trouxe, cada dia mais, para a minha vida.

Agradeço a todos que um dia, dedicaram o seu tempo, ou, permitiram-se fazer uma aula comigo.

Obrigado pelo tempo e pela confiança em praticar comigo.

Que haja luz!

Hari om

Bruno