Nem mesmo a prece deve estar apoiada em especulações. Por exemplo, a prece não deve servir para que Īśvara realize os seus desejos ou para impedir que haja medo ou sofrimento. Portanto, a minha prece não vai na direção de Īśvara, neste sentido. A minha prece vai na minha própria direção. A direção desta mente confusa por crenças e dogmas, para que eu possa, de forma inteligente, acomodar todo este divino universo. Que eu possa acomodar tudo aquilo que acontece. Seja do meu agrado, ou, não. O grande problema, não é que Īśvara não atenda às minhas preces. O grande problema é não me reconhecer como Īśvara; ou seja, como esse que é pleno e feliz, independente das circunstâncias.

Isso é o que é chamado de atitude de prece; que significa dedicação àquilo que deve ser feito e, ao mesmo tempo uma reverência à essa inteligência que é Īśvara.

Portanto, a prece me ajuda nesse processo de antahkaranasuddhi. A prece produz esse resultado, instantaneamente. O fato de conseguir fazer uma prece; já é o resultado dela. A sua mente já está tranquila.

Não existe barganha com Īśvara, mas existe harmonia; uma simbiose com essa ordem.

Se a prece é feita com essa ideia de barganha, ela se torna uma ato de dúvida e, não, de fé. Quando a pessoa tem confiança absoluta em relação ao divino, a prece é desnecessária; pois ela tem a compreensão dessa ordem inteligente, que tudo governa. Por isso, realizar rituais ou preces com o objetivo de alcançar um suposto paraíso, é baseado, apenas em medo e desejo.